30 agosto 2007

Radiohead - Creep

When you were here before,
Couldn't look you in the eye.
You're just like an angel,
Your skin makes me cry.
You float like a feather,
in a beautiful world
I wish I was special,
You're so fuckin' special

But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

I don't care if it hurts,
I want to have control.
I want a perfect body,
I want a perfect soul.
I want you to notice,
when I'm not around.
You're so fuckin' special
I wish I was special

But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

She's running out again,
she's running,
she run, run, run, run, run.

Whatever makes you happy,
whatever you want.
You're so fuckin' special,
I wish I was special,

But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.
I don't belong here.

25 julho 2007

Foda-se, de Millôr Fernandes

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência.
Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.

Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder
de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".

Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo?

Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se.

12 janeiro 2007

Conversas após uma balada são sempre filosóficas... :P

Cheguei a uma conclusão... Minha vida começou aos 20 anos... OK... não minha "real vida" (que começou há quatro meses XD) mas é serio... Até meus 17, 18 anos... eu não vivi... simplesmente passei pelos anos...

Sério... fiquei tentando puxar pela memória... Antes de eu entrar na facul que fato interessante aconteceu na minha vida??? Bom, não estou desmerecendo os amigos que fiz antes dessa época... Muito pelo contrário...

Mas estou me referindo à fatos pessoais mesmo... Não que rolam em conjunto com amigos... E cheguei à conclusão que eles são simplesmente inexistentes nessa época...

Comecei a matutar sobre isso quando conversando com Thi e buscavamos uma explicação como que com uma diferença de idade de 7 anos (!) nos damos tão bem... E acho que é isso... Esses 7 anos de diferença eu não vivi... então não foram determinantes no meu desenvolvimento... Em tese, também estou com 16 anos como ele :P

Portanto, nada mais normal que eu estar querendo aproveitar agora o tempo perdido... e tempo perdido digo mesmo em todos os sentidos da palavra...

Tudo bem que minha vida realmente ainda não engrenou totalmente em Sampa... E só estou podendo aproveitar esta vida quando venho aqui no RIO :P Mas isso vai mudar... Várias perspectivas de mudanças no ar... Até porque isso tem que acontecer que minha bolsa não resiste a viagens até o RIO todo o final de semana :P E também... Pows... Sampa também é tudo de bom!!! Eu que não estou conseguindo aproveitar u.u

Bom... é isto... chamem de adloescência tardia... de "fogo no rabo" XD whatever :P Mas sei que tenho que recuperar esse tempo que eu não "vivi"

That's all, Folks!!!

=*'s , []'s e que Alá esteja conosco...